A manhã desta quarta-feira (6/6) foi movimentada na Taquara, região de Mirambé, em Caucaia (CE). Por conta da poeira que sobe toda vez que algum veículo passa pela Rodovia Raimundo Pessoa de Araujo, principal via de acesso da comunidade, um grupo de moradores resolveu manifestar utilizando pedras de vários tamanhos para fazer um bloqueio da via, que também dá acesso ao município de Maracanaú.

Conforme os moradores a obra da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) desde 2016, com o início da obra de implantação do sistema Taquarão, onde irá armazenar e distribuir água para a Região metropolitana de Fortaleza, que o vai e vem de veículos causam transtornos as pessoas que residem naquela comunidade. Não há mais sossego devido a poeira que a todo o momento sobe ao passar caminhões e até veículos pequenos.

Com o projeto de encanamento do sistema de abastecimento de água a Rodovia Raimundo Pessoa de Araujo teve que ser toda quebrada para instalação de dutos que fazem a ligação do sistema Taquarão até a Estação de Tratamento de Água Oeste (ETA Oeste), localizada as margens do Anel Viário, situado também em Caucaia. Desde então a poeira vem causado muito problema aos moradores. “São crianças e idosos que constantemente ficam adoentados por causa desta poeira que sobe toda vez que passa um carro”, lamenta dona Maria Chances, moradora da comunidade há 15 anos.

Outro agravante é a sujeira que deixa dentro das residências. “Chega a ser insuportável ver a casa todo tempo suja por esta poeira fina. Isso trás doenças respiratórias e outras mazelas. Caso a obra fosse em outro lugar a construtora, e a própria Cagece, estariam mais preocupadas com o bem-estar das pessoas que estão sendo diretamente impactadas negativamente com esta construção”, ressalta Jorge da Silva, proprietário de casa no Mirambé há cinco anos.

Os moradores prometem bloquear a via até que a empresa que constrói a obra tome alguma providência, como carros-pipa em vários momentos do dia para molhar a areia e dar mais um pouco de tranquilidade as pessoas que residem na Taquara. “Queremos a pavimentação nas ruas. Exigimos mais respeito por parte da Cagece  e mais velocidade nas obras para amenizar o sofrimento das famílias”.