Como reconstruir as cidades no RS e evitar novas tragédias?

As áreas sujeitas a inundações não devem ser reocupadas. Saiba mais.

Por jangada.online em

21 de maio de 2024 às 11:18
Foto: Imagem de rawpixel.com no Freepik

 

A reconstrução das cidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul precisa respeitar a natureza, o que não foi feito historicamente nas cidades brasileiras. Ou seja, as cidades precisam ser reconstruídas respeitando as condições impostas pela natureza. A avaliação é da engenheira Katia Mello, sócia-fundadora da Diagonal, consultoria pioneira em gestão social. Segundo ela, as cidades precisam ser reconstruídas respeitando as condições impostas pela natureza e isso, necessariamente, implica no fato de que as áreas sujeitas a inundações não devem ser reocupadas. Para respeitar a natureza é preciso:

* – Não ocupar as APPs – áreas de proteção permanente, por exemplo nas margens dos rios
* – Não ocupar os fundos de vale
* – Não ocupar as áreas íngremes

Curto e médio prazos

Para enfrentar essa situação no curto e médio prazo existem algumas medidas que devem ser observadas. “A primeira medida é identificar e tratar as áreas de risco tanto hidrológico e quanto geotécnico e elaborar os planos municipais de redução de risco, implantando medidas urgentes. Temos em São Paulo, por exemplo, 40 mil imóveis já identificados de risco alto e muito alto. Depois, é preciso realocar as famílias que moram nessas áreas cuja permanência dos imóveis não é recomendada e construção de moradias provisórias e definitivas em larga escala e com tecnologias rápidas e industrializadas. Em seguida, é preciso implantar os sistemas de alerta e monitoramento com protocolos para as emergências e, claro, promover a educação ambiental para o descarte adequado do lixo, manutenção dos sistemas de drenagem e conscientização sobre mudanças de hábitos e de costumes necessários para a prevenção”, explica Katia.

Para o médio prazo é preciso desocupar as áreas sujeitas a inundações, dotar as áreas ambientalmente frágeis de infraestrutura verde, recuperar áreas degradadas, proteger as áreas naturais remanescentes, adotar pavimentos permeáveis, adotar soluções baseadas na natureza como jardins de chuva, parques urbanos e lineares, arborização urbana, corredores ecológicos, teto verde, lagoas urbanas e priorizar programas de habitação para realocar famílias em larga escala e com soluções rápidas.

 

Sobre a Diagonal

Com 34 anos de história, a Diagonal é uma empresa pioneira na consultoria de gestão social, atuou em mais 1.300 projetos, com 180 diferentes clientes e mais de 5 milhões de famílias foram impactadas com seu trabalho. Juntamente, com mais de 650 colaboradores, de formações e experiências profissionais complementares, acreditamos que é possível transformar vidas por meio da mudança social e do desenvolvimento sustentável dos territórios.

 

 

 

 

 

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