PF pede prisão do empresário interessado em implantar o “Lixão dos Sítios Novos”

  O que empresa de limpeza urbana Soma, com sede no Estado de São Paulo, investigada pela Polícia Federal (PF),

Por jangada.online em

2 de março de 2018 às 00:01 atualizado às 00:08
A PF chegou a pedir a prisão temporária de Wilson Quintella Filho, proprietário da Estre e investidor majoritário do polêmico “lixão” que está previsto para ser instalado no distrito dos Sítios Novos, em Caucaia. FOTO: Colaborador em especial para o jangada.online.

 

O que empresa de limpeza urbana Soma, com sede no Estado de São Paulo, investigada pela Polícia Federal (PF), tem haver com o polêmico “lixão dos Sítios Novos”, em Caucaia (CE)?

Nesta quinta-feira (1/3) a Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em operação de desdobramento da Lava Jato em São Paulo e Minas Gerais. Conforme a PF, a “Operação Descarte” tem como objetivo desarticular esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvios de recursos pagos por prefeituras municipais pela limpeza urbana.

Segundo a Polícia Federal, “as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do ‘serviço’ de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição). As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial”.

A investigação mostrou que a empresa Soma (subsidiária da Estre Ambiental S/A), concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, é “a maior cliente identificada, usou serviços da rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017”. A empresa é acusada de lavar R$ 200 milhões.

A PF chegou a pedir a prisão temporária de Wilson Quintella Filho, proprietário da Estre Ambiental S/A e investidor majoritário do polêmico “lixão” que está previsto para ser instalado no distrito dos Sítios Novos, em Caucaia. Mas, o pedido de prisão foi negado pela juíza da segunda Vara Federal Criminal de São Paulo.

Segundo a vereadora de Caucaia, Dona Flor, as suspeitas e investigações da Policia Federal sob a cúpula da empresa Estre inviabiliza de uma vez por todas a construção do polêmico empreendimento do “lixão dos Sítios Novos” em Caucaia. “A população já não queria este tipo de discórdia próximo as suas residências, imagina agora com os indícios de corrupção realizados por esta empresa”, ressalta a vereadora.

No projeto inicial do “lixão dos Sítios Novos” tinha o objetivo de abrigar as cinzas do resto do carvão mineral, resíduo das termoelétricas do Pecém I e II, localizadas no município de São Gonçalo do Amarante (CE). A licença de operação do lixão para empresa Estre foi concebida pela gestão municipal da época, em que tinha como prefeito de Caucaia, Washington Gois.

No entanto, a comunidade dos Sítios Novos resistiu em manifestações e não aceitou o início da operação das atividades do “Lixão dos Sítios Novos”. Até o então secretário municipal de Patrimônio Serviços Públicos e Transporte (SPSPTrans), responsável pela limpeza urbana, Deuzinho Filho, chegou a se manifestar na época contra o projeto de instalação do acumulador de resíduos das termoelétricas nos Sítios Novos.

O processo da instalação do “Lixão dos Sítios Novos”, em Caucaia, está sob sigilo na sede da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), em Fortaleza.

 

Com informação do Valor Econômico e G1.

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