O Hospital Municipal Abelardo Gadelha da Rocha, maior equipamento da rede municipal de saúde de Caucaia, localizado no Parque Soledade, apresentou aumento de 26,5% nas internações nos últimos três anos. A unidade saiu de 3.584 ocorrências em 2016 para 4.535 registros em 2018.

Este ano, entre janeiro e setembro, foram 4.034 internações. Uma média de 448 casos por mês. Secretário municipal de Saúde, Moacir Soares atribui o aumento das ocorrências ao processo de reestruturação – física e de pessoal – pelo qual o equipamento vem passando desde janeiro de 2017, quando a atual gestão iniciou.

“Dois anos e meio atrás, o Ministério Público havia expedido recomendação para a Prefeitura fechar o Hospital, tamanha era a precariedade do prédio e do serviço. Investimos de maneira intensiva, reformamos, ampliamos, abrimos leitos, contratamos profissionais, alteramos rotinas… E a população sentiu a melhora no atendimento”, sintetiza Moacir.

A reforma eletro-hidráulica do setor de traumatologia e a ampliação do setor de emergência e do espaço administrativo estão entre as melhorias implementadas. Além disso, houve a abertura de 26 leitos e a aquisição de aparelho de raio-x. “Em 2016, o hospital trabalhava com 72 leitos; agora, em 2019, contamos com 114 leitos. Diante de tantas realizações, ganhamos mais apoio por parte da Sesa [Secretaria Estadual da Saúde] para fortalecimento da atenção secundária”, pontua o secretário.

Segundo Moacir, os próximos planos de reestruturação do equipamento contam com a criação de mais dez leitos de UTI, aquisição de mais equipamentos para as duas novas salas de cirurgia e mais leitos de retaguarda.

Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aponta que cerca de 20% dos pacientes atendidos no Hospital são oriundos de dez cidades da Região Metropolitana de Fortaleza. “Ressaltamos a grande redução nas transferências de pacientes para Fortaleza e, sobretudo, da acreditação da população na atenção hospitalar de Caucaia. Com essa ampla requalificação, sem dúvidas que haverão melhorias significativas na assistência à população”, finaliza Moacir Soares.