Eleições 2020 com campanha curta na TV, rádio e Internet
A cinco meses das eleições municipais em Caucaia, três incertezas rondam as campanhas eleitorais dos candidatos a vereador e a prefeito.
A primeira e mais aguardada é saber se o Tribunal Superior Eleitoral (TRE) vai manter a data da votação para 4 de outubro. A segunda é se o Fundo Eleitoral será ou não destinado para o combate à pandemia da Covid-19. E a última incerteza é sobre como será a campanha em meio às regras de isolamento social.
Políticos e profissionais que trabalham com partidos políticos avaliam que terão que lidar com uma campanha mais curta e sem contato físico, além de mais dependente da TV, do rádio e da Internet.
As redes sociais não devem ter o mesmo papel que nas eleições de 2018. Entretanto, será uma plataforma de grande relevância para a campanha em Caucaia. Facebook, Instagram e Whatsapp com mais fôlego. Twitter não é muito utilizado no município, mas tem sua relevância.
Com a TV Metrópole, emissora localizada na cidade, Caucaia terá mais uma vez o horário eleitoral na televisão, que também impulsionará a campanha dos candidatos. Além das emissoras de rádio (Cauípe FM, FM 92.9 e Rádio Metropolitana) que também retransmitem os programas de cada um dos candidatos e serão mais duas ferramentas de informações.
Sem o corpo a corpo das ruas as carreatas pelos bairros e os debates virtuais em lives ou organizadas pela imprensa serão fatores determinantes para o debate de projetos de cada um dos candidatos para a cidade.
Já as tradicionais caminhadas pelas ruas da cidade e os apertos de mãos e abraços estarão fora do novo comportamento imposto pela pandemia do novo coronavírus.
Adiamento das eleições
A constituição prevê que a eleição deve ser realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder. Qualquer mudança de data, por menor que seja, requer aprovação de uma proposta de emenda constitucional. Ou seja, precisa de duas votações na Câmara – com aprovação de ao menos 308 dos 513 deputados – e outras duas no Senado, com o aval de 49 dos 81 senadores.
No mês passado, pouco depois de tomar posse como presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que se empenharia para “evitar qualquer tipo de prorrogação na medida do possível”. Ele admitiu, porém, que o contexto da pandemia é que definiria a data da votação. “Se não tivermos condições de segurança, teremos de considerar o adiamento pelo prazo mínimo.”
A eventual necessidade de se adiar as eleições é um cenário monitorado de perto por um grupo de trabalho instituído em abril pelo TSE. Apesar da pandemia do novo coronavírus, o tribunal afirma que, por enquanto, tem dado conta de manter o seu cronograma de providências materiais e testes para que o calendário eleitoral não sofra alterações.
*Com informação do Estadão