Em um vídeo gravado com o presidente diretor da Marquise Serviços Ambientais, Hugo Nery, a empresa que prestava serviço de coleta de lixo até o final do ano de 2017 ao município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, defendeu-se das acusações de irregularidades divulgadas pela Controladoria Geral do Município de Caucaia na primeira semana de janeiro.

O vídeo intitulado “Entenda os fatos omitidos pela Prefeitura de Caucaia na crise do lixo” começou a circular nesta terça-feira (16/1) e ganhou as redes sociais. O presidente pontua a defesa por temas e critica a auditoria que demorou um ano para ser concluída “a Marquise nunca foi notificada de absolutamente nada, nunca teve direito de resposta de defesa o que é uma obrigação do contrato”, afirma.

Hugo Nery diz esclarecer alguns pontos que a Prefeitura levantou. Sobre a quantidade de carga transportada no ano de 2016 e 2017, o presidente da Marquise alega que no ano de 2016, na gestão do Dr. Washington, a Prefeitura não tinha dinheiro para pagar a limpeza toda da cidade “eu só operei com quatro caçambas”. Já em 2017, por conta da promessa de campanha dos 100 dias para deixar a cidade limpa proposta pelo atual prefeito Naumi Amorim, Hugo Nery, ressalta que “o prefeito Dr. Naumi solicitou que a cidade fosse limpa em 100 dias, então nós lotamos 32 caçambas… …então a diferença de peso entre 2016 e 2017 é simples: são 26 caçambas a mais sendo usada em 2017”, expõe.

Na questão do faturamento de 2016 ser menor que 2017, segundo o presidente, Hugo Nery, explica-se pelo faturamento menor em 2016 por conta do menor número de caçambas trabalhando, explicado no paragrafo anterior.

Outro ponto que a Prefeitura de Caucaia levantou foi em relação a quantidade de carga transportadas nos caminhões. Conforme o presidente da Marquise Serviços Ambientais, Hugo Nery, “existe um laudo feito pela própria Prefeitura, pelo engenheiro Fausto Mateus Nogueira Pinheiro, onde diz que a densidade do lixo de Caucaia é de 1.764 quilos por metros cúbicos, o que faz uma caçamba de 12 metros cúbicos transportar 22, 23 mil quilos por viagem”, relata. “As próprias caçambas da Prefeitura transportam entre 25 e 26 mil quilos, isso está tudo relacionado na defesa que fizemos para o Ministério Público”, explica.

O terceiro ponto levantado pela Prefeitura de Caucaia é em relação a tara dos caminhões onde os veículos entrariam no Aterro Sanitário já com o peso para ser cobrado “isso é uma inverdade de quem não conhece a operação”, destaca Nery. “Toda caçamba é pesada na entrada, descarrega, e pesada na saída, com acompanhamento dos fiscais da Prefeitura, portanto, a Prefeitura só paga por aquilo que ficou no Aterro Sanitário, portanto é uma inverdade dizer que a tara altera o sistema de pesagem”, defende Hugo.

Em um discurso duro, Hugo Nery, acusa a Prefeitura de Caucaia de fabricar o estado emergencial “nós estamos vivendo uma emergência fabricada. Este caos, esta confusão inteira que está na cidade é fabricada, e foi propositadamente fabricada para justificar a saída da Marquise Ambiental e da Eco Caucaia”, justifica. “A Eco Caucaia já poderia ter parado as suas operações desde o atraso de três meses, mas em respeito a você ficamos a doze meses e fomos obrigados a pedir a suspensão do contrato porque não há empresa que possa trabalhar sem receber”, relata.

Ao final do vídeo, Hugo Nery, diz estar a disposição para o diálogo com o prefeito Naumi Amorim e manda um recado para o gestor “Dr. Naumi estou muito preocupado porque seus assessores estão atrapalhando a sua gestão. Dando-lhe informações inverídicas e todas elas estão sendo respondidas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Estou a sua disposição para sentar e para que o senhor possa equacionar a dívida e nós retornarmos a normalidade do processo, porque o senhor tem contrato em Caucaia válido pela justiça. Contrato que pode tranquilamente fazer a limpeza da cidade. O senhor não precisa justificar a emergência”, finaliza.

Assista o vídeo na íntegra: