Projeto concede bolsa de estudos para mulheres se capacitarem em direitos
As inscrições foram iniciadas nesta semana para seleção da primeira turma do curso de Defensoras Populares programa da Defensoria Pública do Ceará (DPCE)
Defensoras Populares: projeto terá 100 vagas para lideranças comunitárias com preferência para negras, vítimas de violência doméstica, vivendo em situação de rua, mães solo, chefe de família, mulheres com deficiência (ou mãe ou cônjuge de pessoa com deficiência), mulheres trans e lésbicas, e estudantes.
As inscrições foram iniciadas nesta semana para seleção da primeira turma do curso de Defensoras Populares programa da Defensoria Pública do Ceará (DPCE), Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Acesso à Justiça e Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). As inscrições seguem até o dia 26 de março.
Mulheres serão capacitadas para disseminarem conteúdos, tirarem dúvidas sobre direitos e implementarem projetos de intervenções nas comunidades nas quais moram. O projeto é voltado para lideranças comunitárias com preferência para negras, vítimas de violência doméstica, vivendo em situação de rua, mães solo, chefe de família, mulheres com deficiência (ou mãe ou cônjuge de pessoa com deficiência), mulheres trans e lésbicas, e estudantes.
Ao longo de 12 meses, será oferecida uma formação continuada em direitos humanos com a concessão de uma bolsa de estudos mensal para cada uma das 100 mulheres que serão selecionadas por meio do edital.
“Nós temos o intuito de formar e informar lideranças. Por exemplo, uma mulher mora no Pirambu e o bairro tem problemas com o posto de saúde. Ela pode fazer uma intervenção lá, seja distribuindo panfletos, seja tentando organizar dados para levar pra outras instituições etc. O propósito do curso é que ele seja teórico-prático. Que seja um conhecimento para vida dessas mulheres, tanto é que a programação toda é baseada na realidade prática delas”, detalha a diretora da Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP), Amélia Rocha.
A abrangência territorial do programa é de 12 cidades: Fortaleza, Aquiraz, Cascavel, Caucaia, Maracanaú, Pacatuba, Redenção, Acarape, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Macroregião de Sobral. Ao todo, serão 50 vagas para a Região Metropolitana de Fortaleza, 30 para a região do Cariri e 20 para a Macrorregião Sobral.
Interessadas devem inscrever-se por meio do preenchimento do formulário, disponível no anexo do edital (clique aqui), além da documentação solicitada. Tudo deverá ser encaminhado para o e-mail selecaodefensoraspopulares2024@defensoria.ce.def.br. O resultado do processo seletivo será divulgado em 19 de abril.
O projeto é fruto de parceria da DPCE, por meio da ESDP, com o Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Acesso à Justiça, e com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
“O projeto de Defensoras Populares dá um passo significativo na formação e educação em direitos, já que ao capacitar essas mulheres, possibilita mudar a realidade dos territórios. Entendemos que informação é transformação. Quando proporcionando conhecimento em direitos, empoderarmos essas lideranças. Assim, essa iniciativa não apenas fortalece as participantes como também as aproxima do ambiente acadêmico, abrindo portas para uma maior compreensão e engajamento nas questões sociais. Ao investir nessa capacitação, estamos construindo uma base sólida para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse a defensora geral do Ceará, Sâmia Farias.
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