Anticorpos e Células T: como é construída a imunidade contra o novo coronavírus

Quando você contrai uma doença infecciosa, existe uma chance grande de nunca mais contraí-la, ou demorar muito tempo para que isso aconteça de novo.

Por jangada.online em

25 de agosto de 2020 às 22:13
FOTO: reprodução.

 

Quando você contrai o vírus da catapora, sarampo ou gripe, por exemplo, seu corpo mobiliza um batalhão de células e moléculas para responder ao agente estranho e impedi-lo de te deixar doente. Assim, você pode começar a tossir bastante para eliminar o vírus da gripe de dentro do seu corpo, por exemplo, ou ter febre (o seu corpo aumenta a própria temperatura para tentar matar o corpo estranho). Essas ações são chamadas de resposta imune, mas ela não para por aí.

O seu corpo também mobiliza moléculas para matar os corpos estranhos chamadas de anticorpos, que são a principal defesa de nosso organismo contra doenças. Quando seus anticorpos entram em contato com uma nova doença, eles aprendem a lutar contra ela.

O mesmo acontece com outro tipo de proteção mediada pelos linfócitos T, que matam as células infectadas pelo agente estranho, como os vírus (o único problema é que vírus como o do HIV destrói as células T em si).

Em alguns casos esse aprendizado pode durar meses, como é o caso da gripe, ou a vida inteira, como é o caso do sarampo e da catapora.

Assim, quando você contrai uma doença infecciosa, existe uma chance grande de nunca mais contraí-la, ou demorar muito tempo para que isso aconteça de novo.

Por isso, podemos criar vacinas contra doenças, ensinar nossos corpos a combatê-las caso entremos em contato com elas algum dia e, em muitos casos, apenas precisamos tomá-la uma vez na vida ou a cada 10 anos, por exemplo.

Quando se trata do novo coronavírus, é com isso que contamos: que o nosso corpo consiga aprender a lutar contra o vírus e se lembre disso após a infecção, caso contrário, a vacina não será efetiva. O grande problema é que estudos do King’s College London mostram que os anticorpos podem desaparecer completamente após 3 meses e, em alguns casos, nunca aparecerem.

Logo, a grande esperança é que os linfócitos T, ou células T, sejam os grandes responsáveis pela imunidade pós-infecção do coronavírus e, aparentemente, é isso que ocorre. Ainda assim, em pacientes graves, as autópsias mostram que os órgãos nos quais as células T são criadas necrosam, lesão semelhante a que ocorre em pessoas que morrem por HIV.

Ainda assim, estas células talvez sejam a nossa maior esperança na busca por uma vacina para o vírus da Sars-Cov-2.

 

Por: VLV Advogados – Escritório de Advocacia Valença, Lopes e Vasconcelos.

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