Como ser voluntário na limpeza da Praia do Cumbuco?

Para ser voluntário é preciso disposição, vontade, respeito pelo meio ambiente e amor pelo Cumbuco

Por jangada.online em

8 de novembro de 2019 às 00:57
Thayná Caiafo, voluntária do Greenpeace Fortaleza ajudando na coleta dos resíduos no Cauípe, em Caucaia. FOTO: Tiago/jangada.online

 

Com o desastre ambiental em que substâncias químicas atingiram a Praia do Cumbuco, em Caucaia, muitas pessoas se sensibilizaram com a causa e estão dispostas a ajudar na limpeza do lugar. No entanto, como ser voluntário e ajudar nos grupos de trabalho?

O primeiro passo é procurar uma das três bases de apoio montadas ao longo do litoral do município para obter o kit para proteção do voluntário, já que a substância poluente é tóxica. Cada kit contém um par de luvas especiais, máscara, boné, bota e sacolas. É necessário o pretendente levar protetor solar. Nestes pontos é servido também água, lanches e tem banheiros.

Na base de apoio o voluntário tem que fazer a inscrição para receber ferramentas de apoio como ciscadores, peneiras e pás. Quando terminar a ação todo o material de suporte terá que ser devolvido em uma das três bases de apoio.

Os resíduos acumulados devem ser deixados nos pontos específicos para posterior coleta dos veículos especializados transportarem para um destino correto. A primeira base de apoio está localizada ao lado o Residencial Wai Wai. A segunda nas proximidades do resort Vila Galé. Já a terceira base está na praia da Barra do Cauípe.

 

Voluntários

A jovem, Thayná Caiafo, moradora da Jurema, em Caucaia, integrante do Greenpeace Fortaleza, veio pelo segundo dia consecutivo ser voluntária no mutirão de limpeza da Praia do Cumbuco. “Em relação à operação na área terrestre está sendo realizada. O contingenciamento deveria ter sido feito em alto mar. Quem tem equipamento para fazer isso é a Petrobras, mas não estão fazendo. Na praia está sendo bem feito a limpeza. Inclusive a população local está colaborando na coleta importante para reduzir os impactos gerados pelo óleo”, ressalta Thayná Caiafo.

Para o sufista e empreendedor Sidney Machado, morador do Icaraí, a solidariedade fez com que ele ajudasse a limpar a praia. “No mês passado tive um problema com um incêndio em minha barraca e várias pessoas que nem me conheciam ajudaram. Sou vizinho do Cumbuco, surfo sempre no Pico das Almas, e não deixar nossa praia se acabar era o mínimo que eu poderia fazer. Se eu cuido do quintal, posso também cuidar do vizinho, está é a filosofia da minha vida, ajudar o próximo”, explica emocionado Sidney.

Samila Paiva, surfista do Icaraí, era uma alegria só coletando o óleo. “Viemos tentar amenizar este desastre ambiental. Aqui tem muita riqueza marinha e ficamos aqui até a hora que bater a forme”, ressalta.

Todos os dias os voluntários se concentram inicialmente na base do Residencial Wai Wai. Às 8 horas da manhã os mutirões começam a executar a limpeza e seguem ao longo do dia. Equipes saem do ponto inicial e se deslocam para as outras duas bases.

jangada.online

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