Há dois anos, empresário português era preso apontado como líder de associação criminosa em Caucaia
Relembre este caso triste da política caucaiense que teve repercussão em todo o Brasil e até no continente europeu
Há dois anos viria a público um dos maiores casos de esquemas de corrupção já registrado em solo caucaiense. A ‘Operação Afiusas’ foi lançada com o objetivo de combater e desarticular um grupo especializado em fraudes com fundos públicos na Prefeitura de Caucaia.
Segundo a investigação da Polícia Federal o empresário, Marcos Alexandre Veiga Correia, conhecido como ‘Português‘, era uma das seis pessoas suspeitas de pertencer a uma organização criminosa que desviava recursos públicos e lavava dinheiro através de um esquema de contratações milionárias fraudulentas com empresas da área da construção civil.
Na época, Marcos Correia, foi apontado pela Polícia Federal (PF) como o líder daquela organização criminosa, que atuaria nos bastidores políticos, como representante da Mix Serv e sócio da Scorpena Construções.
Conforme a apuração da PF o empresário português venceu 72 licitações de obras durante a gestão do ex-prefeito Washington Goes, entre 2009 e 2016. O Português teria recebido cerca de 104 milhões de reais em recursos públicos, só na Prefeitura de Caucaia. No total, a principal empresa ligada ao processo, movimentou 338 milhões de reais entre janeiro de 2010 e outubro de 2016, acrescentou, na época o jornal Diário do Nordeste.
Prisão
Logo após a captura em um apartamento localizado em Fortaleza, a defesa do Português ingressou com pedido de liberdade provisória no TRF-5 alegando que o suspeito já havia sido interrogado e possuía endereço fixo de residência.
Após dois dias de prisão temporária o juiz desembargador Lázaro Gimarães, do Tribunal Federal da 5.ª Região, determinou a libertação de Marcos Correia. Na época o jornal online “O Globo” noticiou que a Justiça brasileira deliberou a libertação do empresário português mediante o pagamento de uma caução, de apenas R$ 10 mil reais, e determinou que deve manter-se afastado dos demais suspeitos e das repartições públicas onde terão ocorridos os fatos apurados pelos quais foi investigado e detido.
A operação da Polícia Federal envolveu cerca de 120 agentes, que procederam a 28 buscas e executaram oito mandados de detenção. Há dois empresários, também portugueses, que ficaram foragidos.
As investigações da Polícia Federal dão conta que apenas uma das empresas do estrangeiro movimentou R$ 338 milhões, de 2010 a 2016, sendo R$ 97 milhões oriundos da Prefeitura de Caucaia. Marcos Alexandre foi apontado pela PF como um empresário “bem relacionado” com políticos, incluindo o ex-prefeito de Caucaia, Washington Gois”.
Nova gestão municipal
Há indícios que o Português esteja agora agindo dentro da nova administração municipal de Caucaia. “As intervenções de demolições de barracas na área da Lagoa do Cauípe tem interesse e o dedo dele, assim também como a criação desta empresa pública municipal para ele controlar tudo de longe”, disse uma fonte, que pediu para não ser identificada, com medo de futuras perseguições.
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