No Brasil, genéricos se consolidam como líderes de mercado e garantem tratamento para doenças crônicas
Reconhecido como um dos principais avanços na saúde pública, setor movimentou mais de R$ 20 bilhões em 2024, crescimento acima da média do mercado farmacêutico

No dia 20 de maio é comemorado o Dia Nacional do Medicamento Genérico, que, além de ser reconhecido como um dos principais avanços na saúde pública do País, também se consolidou como líder do mercado farmacêutico, tendo movimentado mais de R$ 20,4 bilhões em 2024, um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior — enquanto o mercado farmacêutico como um todo, considerando todas as categorias de produtos, cresceu 5,71% no mesmo período.
Dos 20 medicamentos mais prescritos no Brasil, 15 são genéricos; e 85% do programa Farmácia Popular é composto por essa categoria. São mais de 102 laboratórios produzindo medicamentos genéricos no país, com mais de 14 mil apresentações.
Em 2025, o crescimento continua: apenas de janeiro a março deste ano, foram comercializadas 553 milhões de unidades de medicamentos genéricos, 7% a mais em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
“Isso se dá, é claro, devido à acessibilidade destes produtos, que por lei precisam ser 35% mais baratos que os medicamentos pioneiros, mas podem chegar a uma diferença de até 68% no valor. Desde a chegada dos genéricos, em 1999, a economia para os consumidores brasileiros foi de mais de R$ 346 bilhões”, afirma Tiago de Moraes Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, associação de 14 empresas farmacêuticas que respondem por 90% do mercado de genéricos.
A visão do consumidor sobre os genéricos também mudou com o tempo, conquistando a confiança de médicos e pacientes, que entenderam que essa categoria atende a requisitos garantidos por lei e fiscalizados pela Anvisa, como mesmo princípio ativo e fórmula da marca pioneira.
A indústria respondeu com fortes investimentos no setor, fazendo com que muitas barreiras caíssem, principalmente em categorias como Sistema Nervoso Central, que hoje é a segunda maior em vendas de genéricos no Brasil, impulsionada por tratamentos psiquiátricos mais acessíveis para distúrbios como ansiedade e depressão.
Um exemplo disso é o laboratório Biosintética, uma empresa Aché. “Somos uma companhia 100% brasileira e investimos no Brasil com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da ciência no País e levar mais vida às pessoas onde quer que elas estejam. A empresa desenvolveu complexos industriais em São Paulo e Pernambuco que contam com tecnologia de ponta e produção 100% automatizada, operando dentro do conceito de Indústria 4.0. O resultado foi um crescimento 10 vezes acima da média de mercado na divisão de genéricos”, compartilha Regis Arthur Teixeira, Diretor da Unidade de Negócios de Genéricos.
Os genéricos para a saúde cardiovascular, como tratamentos para colesterol e hipertensão, são os mais vendidos, com mais de 214 milhões de unidades comercializadas só entre janeiro e abril de 2025. Em terceiro lugar, vêm os medicamentos genéricos indicados para a saúde metabólica e do aparelho digestivo.
“Os medicamentos genéricos cuidam das principais doenças crônicas que atingem a população brasileira, sejam elas de saúde física ou mental, trazendo segurança, qualidade e tratamento para milhões de pessoas”, conclui Tiago.