Projeto original do Vila Galé prevê construções do Cumbuco até as margens do Cauípe
O hotel cinco estrelas faz parte do complexo Cumbuco Golf Resort que conta com 480 hectares, incluindo campo de golf com nove buracos e condomínios com cerca de 1.300 apartamentos residenciais turísticos
No dia 30 de outubro de 2010 a rede portuguesa Vila Galé inaugurava oficialmente o seu sexto resort no Brasil: o Vila Galé Cumbuco. O empreendimento foi construído em 480 hectares à beira da praia do Cumbuco, dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lagamar do Cauípe. No total, nesta primeira fase do projeto foram investidos cerca de R$ 110 milhões no empreendimento que possui 433 apartamentos, 32 chalés.
O projeto inicial de todo o complexo turístico do Vila Galé Cumbuco consta como primeiro hotel da cidade com campo de golf. Trata-se do Cumbuco Golf Resort que tinha um orçamento total de R$ 600 milhões. O projeto do Cumbuco Golf Resort previa ocupação de uma área de 480 hectares do ‘Parque das Dunas do Cumbuco‘, mais precisamente na Barra do Cauípe, em Caucaia O complexo teria quatro hotéis, pousadas, centro comercial e campos de golfe com nove buracos, totalizando 480 hectares, incluindo loteamentos e condomínios com cerca de 1.300 apartamentos residenciais turísticos.
Para isso, em outubro de 2006, o pagamento de débitos anteriores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do terreno em que foi construído o resort estava sendo negociado entre a Prefeitura de Caucaia e o Grupo Vila Galé. “Ainda se está discutindo se é um terreno urbano ou não. Existem algumas diferenças de interpretação do que é devido”, explica. Mesmo assim, ele afirma que “a postura do grupo é de ultrapassar a diferença de interpretação. Se tivermos de pagar algo, pagaremos o que for devido”, disse na época em entrevista ao Diário do Nordeste o diretor da rede hoteleira no Estado, Rui Fajardo.
Para o Vila Galé se instalar na cidade a Prefeitura de Caucaia ofereceu vários benefícios como IPTU, ao Imposto de Serviços (ISS) e o Imposto para Transferência de Bens Imóveis (ITBI), todos cobrado pelo município. “Os benefícios fazem parte da carta e intenções e estão em debate entre as partes ”, disse Rui Fajardo.
Na época Rui Fajardo esclareceu que toda a área do empreendimento foi incorporada à sociedade realizadora. A primeira fase, prevista para uma área de 45 hectares, consumindo R$ 70 milhões, que então aguardava a liberação de todo o terreno para ser iniciada a obra da primeira fase do projeto. “Queremos ter toda a situação devidamente esclarecida para começar sem entraves”, afirmou Rui Fajardo.
O Resort no Cumbuco era visto como empreendimento que preencheria uma lacuna na oferta hoteleira do Estado. No projeto também consta loteamentos para residências secundárias.
Para o meio ambiente uma das consequências mais negativas do empreendimento é a privatização da faixa de praia e da margem da barra do rio e lagoa do Cauípe, que concorre também, dependendo de como sejam utilizados, para a degradação ambiental dos recursos naturais.
O empreendimento é um emblema do conflito entre a preservação ambiental, cultural e a implantação de resorts. O empreendimento se localiza no limite da Área de Proteção Ambiental do Lagamar do Cauípe, sendo amplamente beneficiado, uma vez que a atratividade do empreendimento é garantida pela preservação do recurso natural.
O conflito também se estende quando se refere as comunidades nativas. Iria a concepção do complexo respeitar as comunidades nativas. Quais impactos iriam, de fato, penalizar o meio ambiente, os povos originários envolta do empreendimento e o livre acesso do caucaiense as belezas naturais de seu município.
Outro problema é a destruição da área das dunas e sua fauna e flora, cenário que faz parte do patrimônio natural do município, além da poluição dos rios e lagoas da região, avanço do mar, e área de convívio e reprodução de animais nativos e vegetação.
Vila Galé
O Villa Galé constitui o segundo maior grupo hoteleiro em Portugal e está no ranking das maiores empresas hoteleiras do mundo. Inaugurada em 1986, esta sociedade dedica-se à exploração, bem como à gestão de todas as unidades hoteleiras que integram o grupo e, ainda, à realização de projetos e à construção de novos empreendimentos turísticos.
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Isso é uma tremenda safadeza contra os nativos da região e de todos os caucaences
Muito bemvindos o grupo e seus investimentos. Com responsabilidade e compensações ambientais este tipo de investimento é mais benéfico para a população que as invasões e construções irregulares tão amplamente usadas no município, é só observar a outra margem da foz do lagamar do Cauipe para constatar onde é mais preservado.
Lamentável até onde chega a ganância e a cobiça do ser humano. Espero que o poder público se sensibilize e entenda que destruir anatureza é destruir a própria espécie humana! Não à construção desordenada a à privatização das Dunas do Cumbuco! Não à privatização da praia e da lagoa do Cauipe!
O vg vai privatizar tudo?
engracado que na frente do vila gale é o ÚNICO local em que há fiscalização de trânsito no cumbuco.
Vão agora aproveitar a pandemia e a redução do turismo internacional para privatizar tudo? É absurdo!
Plantaram aquela espese de pinheiro no intuito de barra o vento e matar as dunas. E descaraquiterisando a duna passar despercebidos vendendo as terras.