Com o período de chuvas registrado neste início de ano a pavimentação asfáltica das cidades e das estradas se deteriora com mais facilidade. O município de Caucaia é uma das muitas cidades brasileiras onde os buracos parecem procriar em meio à água que escorre. Há as tradicionais crateras que todos os anos reaparecem no mesmo local. Também há aqueles buracos que completam anos e anos sem serem restaurados. Seja nas avenidas ou ruas sempre as rodas e pneus dos veículos encontram em seu caminho algum buraco de espessura pequena, média e grande, com ou sem profundidade. Mas, como e por que os buracos aparecem em meio ao duro piso composto por asfalto?

As ruas e estradas são construídas de forma simples. É basicamente uma laje de concreto ou uma camada de asfalto sobre cascalho, terra compacta ou outro substrato. O concreto normalmente é usado em autoestradas e viadutos, já que eles podem facilmente ser transformados em lajes e unidos. Já o asfalto é frequentemente usado para trechos longos e estrada no nível do solo. Esse material usa betume, ao invés do cimento do concreto, para juntar a areia e a brita. Ele também exige uma camada de selante para evitar a intrusão da água, tão fluente nesta época de chuvas.

Os buracos, para serem formados, precisam que dois elementos ocorram simultaneamente: água e tráfego. A intrusão da água no asfalto, normalmente devido a uma vedação incorreta, inicialmente penetra no substrato logo abaixo, afrouxando o solo subjacente. Combinado com a passagem quase constante de pneus de veículos na superfície, especialmente aquelas rodas gigantescas de caminhões de carga, o solo liquefeito logo começa a ser corroído. Sem essa base sólida de solo para suportar, a camada de asfalto perde muito da sua integridade estrutural conforme os veículos passam por cima dela.

A água em excesso é o suficiente para criar rachaduras na pavimentação e, quando o tempo aquece novamente, faz com que os substratos subjacentes se corroam. É por isso que, durante tempestades pesadas, a chance de buracos surgirem nas ruas é muito maior.

É possível perceber quando os buracos começam a se formar ao procurar algumas rachaduras que lembram um pouco as costas de crocodilos. Essas rachaduras vão crescer em costuras mais profundas, permitindo que pedaços individuais da pista se movam uns contra os outros como pequenas placas tectônicas, até que o pneu de um carro passe por cima e inicie a formação de um buraco maior.

Os buracos sejam profundos ou chegarem a ter alguns metros de largura pode prejudicar a suspensão do carro de motoristas, além de aumentar as probabilidades de ser o motivo gerador de acidentes.

Em Caucaia a maioria das vias não possui drenagem para a água escorrer e desta forma não danificar com mais agressividade a pavimentação asfáltica. É por estas e outras que todos os anos muitas ruas e avenidas do município são castigados pela invasão simultânea dos buracos no asfalto.

Além da construção de drenagem é preciso ter atenção a qualidade da pavimentação, a qualidade no momento da aplicação do piso e também na agilidade e programação semestral da manutenção para que o desgaste não se transforme em buracos e prejudiquem desta forma todo o trânsito.

Criar linhas de créditos e investir na obra de pavimentação e requalificação das ruas e também num programa de manutenção da restauração do piso é necessário para evitar o incômodo e prejuízos que os buracos sempre trazem.

*Com informação GizModo Brasil.