Aterro Sanitário está contaminando lençóis freáticos e poluindo o Rio Ceará

A denúncia é séria e de muita reflexão para sociedade caucaiense não apenas assistir, mas reagir: o Aterro Sanitário Metropolitano

Por jangada.online em

28 de fevereiro de 2018 às 22:33
O Rio Ceará é um dos aquíferos mais belos e de mais história popular do Estado. Localiza-se na divisa entre os municípios de Caucaia e Fortaleza. FOTO: reprodução/Internet.

A denúncia é séria e de muita reflexão para sociedade caucaiense não apenas assistir, mas reagir: o Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc), localizado na região do Carrapicho, em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza) está contaminando os lençóis freáticos e consequentemente poluindo o Rio Ceará.

A acusação partiu após uma reunião realizada na semana passada com lideranças das comunidades indígenas de Caucaia. Segundo o vereador Weiber Tapeba (PT) a informação da denúncia levou muita comoção e reflexão dos participantes do encontro. Um planejamento estratégico de como combater a poluição e também as ações de danos ambientais que o município de Caucaia, em especial as áreas indígenas, vem sofrendo em seu território, também foi traçado pelas lideranças.

“Nós temos pelo menos dois cursos de água, dois riachos que levam suas águas para o Rio Ceará e estes riachos estão conduzindo chorume que é produzido pelo Aterro Sanitário de Caucaia”, frisa o vereador, Weibe Tapeba.

A denúncia não é uma novidade para as comunidades indígenas de Caucaia. Há dois anos os índios Tapeba têm realizado a denúncia junto a Fundação Nacional do Índio (Funai). Entretanto, apenas desta vez foi comprovado o crime ambiental.

Conforme o vereador Weibe agora o povo Tapeba deve levar estas denúncias ao Ministério Público Federal (MPF), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), a até a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que foi o órgão que licenciou para a atividade de funcionamento do Asmoc, e de sua nova ampliação.

“Nós esperamos que os órgãos ambientais e o Poder Judiciário possam tomar as devidas providências no sentido de estancar imediatamente esta poluição do Rio Ceará e contaminação do solo, por meio do chorume, produzido pelo Aterro Sanitário de Caucaia”, revela o vereador Weibe Tapeba.

As comunidades indígenas estão mobilizadas em proteger o Rio Ceará. O rio passa pelo território indígena e é um dos principais meios de vida para a comunidade. Caso o problema da poluição dos lenções freáticos e dos riachos que encontram o Rio Ceará não seja resolvido os povos indígenas propõem até requerer judicialmente a cassação das licenças ambientais que hoje dão a plena condições de funcionamento do Asmoc.

Há uma posição do movimento Tapeba em iniciar a realização de manifestações para dar visibilidade e chamar atenção da sociedade sobre o caso.

“Não podemos permitir que o Aterro Sanitário, que hoje traz um impacto ambiental muito grande para todo o município de Caucaia, contamine e polua o solo e as águas do Rio Ceará que estão localizadas dentro do território indígena do povo Tapeba”, assegura o vereador.

 

Acompanhe o vereador Weibe Tapeba (PT) falando sobre o caso: 

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