Caucaia tem 48% da água perdida na distribuição
A água é um dos líquidos mais preciosos do mundo. Por conta da escassez, no Nordeste, a água é ainda
A água é um dos líquidos mais preciosos do mundo. Por conta da escassez, no Nordeste, a água é ainda mais sagrada e deveria ter todo um cuidado especial para ser distribuída para todos, e bem gerenciada para não faltar a nenhum cidadão. Entretanto, o município de Caucaia perde em seu sistema de abastecimento 48,69% de sua água ainda durante o processo de distribuição (IPD), segundo dados do Instituto Trata Brasil apresentados no relatório Perdas de água 2018, elaborado e parceria com a empresa de consultoria Go Associados.
Os dados foram divulgados neste mês de junho e trazem números ainda referentes a 2016. Há perda também no faturamento (IPTF), ou seja, prejuízo financeiro com água que é disponibilizada, mas não gera dinheiro. Em Caucaia, o prejuízo é de 31,42%.
Conforme a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) adota medidas na busca da diminuição do desperdício de água. A população também pode ajudar a evitar as perdas de água, comunicando a Cagece, através do contato 0800 275 0195, sobre a ocorrência de fraudes e vazamentos.
Formas de desperdício
O relatório leva em consideração dois tipos de perdas – real e aparente. Perda real equivale ao volume de água perdido durante as diferentes etapas do processo (captação na natureza, tratamento, armazenamento e distribuição antes de chegar ao consumidor final) e pode acarretar aumento do custo de produção, uma vez que é necessária captação e produção superiores ao volume efetivamente demandado.
Já a perda aparente diz respeito à água consumida sem ser faturada, o que pode ocorrer devido a fraudes e ligações clandestinas, por exemplo. Ela reduz a capacidade financeira dos prestadores de abastecimento e pode diminuir os recursos disponíveis para melhorias nos serviços.
Os índices de municípios apontados como exemplos são menores que 20% em ambas a taxas, como ocorre em Limeira, cidade paulista onde o IPTF é 10,89% e o IPD, 15,57%.
No País, a perda é de 38,05% de sua água potável tratada e distribuída. O relatório classifica a situação como “preocupante”, já que os 6,4 bilhões de metros cúbicos perdidos equivalem à capacidade de 6.991 piscinas olímpicas. A porcentagem referente a 2016 é maior do que as apresentados em 2015 (37,26%) e 2014 (38,08), mas menor do que o dado de 2013 (39,07%).
No País, a região Nordeste é a segunda que mais perde na distribuição (46,6%) e no faturamento (39,19%), com dados menores apenas do que os da Região Norte. Lá, o índice de perda em distribuição (IPD) é 47,32% e em faturamento (IPFT), 56,46%.
Para mais informações
Cagece: 0800 275 0195
Site: www.cagece.com.br
*Com informação O Povo
