A gigante australiana Fortescue deverá receber neste mês de agosto a primeira etapa do Licenciamento Ambiental para a sua planta industrial que produzirá Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém. O investimento inicial da Fortescue no empreendimento será de R$ 20 bilhões.

A Fortescue foi a primeira empresa a assinar um pré-contrato para a instalação de uma usina de hidrogênio verde (H2V) no Complexo do Pecém. A Fortescue já tinha apresentado seu primeiro Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para licenciar seu projeto no Estado do Ceará. A apresentação foi realizada durante a audiência pública no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) , Campus Pecém, no último dia 2 de agosto.

A Fortescue protocolou o EIA/RIMA da planta de hidrogênio verde para atendimento às normas locais de licenciamento ambiental, estabelecidas pela Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace). Com isso, a multinacional australiana se tornou a primeira empresa no Brasil a apresentar esse estudo para o desenvolvimento de um projeto de H2V em larga escala.

Conforme detalhado no EIA/RIMA, a planta da Fortescue será potencialmente desenvolvida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, mais especificamente no Setor 2 da ZPE Ceará, em 2 etapas: Fases 1 e 2 – 1.200 MW e fases 3 – 900 MW. Este projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia a partir do consumo de 2.100 MW de energia renovável. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o projeto também tem potencial para gerar cerca de 5.000 empregos na fase de construção.

A Fortescue também garante que buscará fornecer benefícios econômicos e sociais positivos, empregos, treinamento e desenvolvimento de habilidades em todas as etapas do seu projeto no Pecém.

HUB DE HIDROGÊNIO VERDE

Criado em fevereiro de 2021 pelo Governo do Estado Ceará, em parceria com o Complexo do Pecém, Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC), o HUB de Hidrogênio Verde tem atraído diversas empresas interessadas em instalar no Complexo do Pecém, mais especificamente na área da ZPE Ceará, plantas para a produção e distribuição deste que é considerado o combustível do futuro. Até o momento, 31 Memorandos de Entendimento (MoUs) já foram assinados como parte do HUB.

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