João Campos; o jeito humilde de se fazer política

Braços estendidos para todos. Sorriso sincero para todos. Entre abraços e seu jeito macio de levar a vida, a paz

Por jangada.online em

22 de março de 2018 às 23:31 atualizado às 08:01

Braços estendidos para todos. Sorriso sincero para todos. Entre abraços e seu jeito macio de levar a vida, a paz sempre reinava, mesmo em momento de conflituosos debates.

Vereador por vários mandatos, Seu João Campos Gadelha, era um grande pai para todos. Aconselhava vereadores da oposição, vereadores da situação, vereadores independentes, vereadores dependentes. Denominações para ele não valia. O que tinha valor era a amizade.

Querido por todos. Era difícil tirar o juízo dele. Bastava um sorriso, um causo bem contado, uma narrativa de uma realidade próxima, seja dolorida ou cheia de alegria. Quando falava na Câmara o respeito tomava de conta da plenária, em momentos onde a experiência de vida superava qualquer letrado com PHD, em qualquer coisa.

Campos, tinha um olhar no futuro, mas com os pés fincados em suas origens, na mais pura hegemonia da simplicidade. Resolver problemas? Solucionar equações da situação popular era seu dom. Carisma  que o fez vitorioso por várias eleições. Afeição que na última disputa eleitoral, de 2016, construiu a vereadora mais votada em toda história parlamentar de Caucaia.

Político tradicional puro, sem misturas que contaminasse sua índole. Político que todos se recusavam a falar mal. Pessoa boa, apaixonada pela arte da vida pública.

Ícone da política. Exemplo de determinação. Da sapiência da ciência política com base na simplicidade, bom humor e solidariedade.

Não precisava subir no pedestal e mudar seu jeito apenas por está diante da plenária ou ser vereador. Era o mesmo Seu João Campos, de noite e de dia, no frio e no quente, na riqueza e na pobreza.

Celebrava a política da simplicidade, do acolhimento como conquista de território. Era sinônimo de atenção, de cidadania. Um político nato que para tudo dava o seu jeito.

Calmo e atencioso. Político sem vaidade. Homem de família e fé. Agora o município chora. Que levante o punho e ore por uma cidade onde o rico não tenha medo do pobre. Onde o pobre não se dobre com as ações do rico.

Parte de Caucaia se foi entre um sorriso sem igual e um coração de dimensões incalculáveis. Tão grande quanto à beleza das serras, o infinito dos sertões, a altura da Sede, o grito da Jurema e as ondas do litoral.

Descanse em paz, Seu João Campos. O Genipabu nunca mais será o mesmo. A Caucaia sente, mas também sabe que um dia você passou e deixou a sua contribuição para orgulho e comoção de todos.

 

Por Tiago Feitosa Viana

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