Que cultura é está que as administrações públicas têm em Caucaia?

De encher os bolsos de poucos em desespero de todos. A lama encobria a pequena rua onde as crianças brincavam de esconde-esconde com as moscas. Falta calçamento. Falta esgoto tratado. Falta tudo. Mas, tinham olhos apenas para explorar os recursos financeiros da cidade e deixar a zona ainda mais dentro do buraco. No canto do cancão, o verde e o vermelho, que carregava a esfera armilar da bandeira partia para os mares da associação criminosa, das fraudes em licitações, dos desvios de recursos públicos, da corrupção ativa e passiva.

Que tradição maldita…

Está, só de abusar dos cofres públicos do município e deixar todo mundo na mão. De licitações combinadas e serviços não realizados. De contas cheias no exterior e ruas sem calçamento na periferia, bem no interior.

Uns usando do poder e da plenitude das decisões para adquirir tudo que era para ser da população. Dinheiro de programas que era para consertar vias; consertava apenas o luxo.

E nem faziam o serviço. E quando faziam: era mal feito, apenas para ganhar o voto no momento certo. Como um fake news de concreto por fora e isopor por dentro.

Oh dinheiro danado!

Cega tudo e todos. Como uma doença que corrói até o espírito devastado pelo capitalismo das facilidades, da junção do público com o privado.

Mas, um dia a conta chega. E chega de forma aberrante, gritante. Com algemas que privam as mãos e vaidade que escorre na mesma lama onde as crianças brincavam de esconde-esconde com as moscas. No entanto, desta vez o lodo não fica apenas na superfície, escorre para as fossas da prisão.

Roubo que atingiu pobre, rico, babão e até os afins. Tirou de cada um dos bolsos dos mais de 400 mil habitantes do município. E mesmo com os fatos, investigações, provas e prisões ainda poderá ser celebrando com muito vinho do Porto para uns; buracos e lama para todos.

Por Tiago Viana

Siga no Twitter @tiagoviana