Kitesurf de luto; morre Carlos Madson

O domingo foi de luto, indignação e saudades na Lagoa do Cauípe, em Caucaia

Por jangada.online em

4 de novembro de 2019 às 00:37 atualizado às 18:11
Como um bailarino dos ares, Madson, foi um dos pioneiros dos nativos em manobras de freestyle. FOTO: reprodução/Instagram.

 

O domingo (3/11) foi de luto para o kitesurf mundial. Em um acidente na noite do último sábado (2/11), envolvendo uma motocicleta e um veículo, na estrada Garrote Cumbuco, via que corta o Parque das Dunas e dá acesso a Barra do Cauípe, no município de Caucaia, o atleta profissional de kitesurf, Carlos Madson, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Nascido em 1994 Madson iniciou no kitesurf com 12 anos de idade. Faz parte da geração denominada “Os Meninos do Cumbuco”. Trata-se de um grupo seleto de profissionais do kitesurf nativos da Lagoa do Cauípe e da praia do Cumbuco que ficou conhecido no mundo do esporte pela criatividade, audácia e evolução no kite.

Madson era o irmão mais velho do tetra campeão mundial de kite na modalidade freestyle, Carlos Mário, apelidado carinhosamente pelo Madson como Bebê. O atleta também era sobrinho de Carlos Alexandre “Goiaba”, o primeiro cearense a se destacar no kite, e primo de Evandro da Silva, que já conquistou o título brasileiro.

Criado pela avó, Madson iniciou no esporte através do windsurf. Após o primo Alexandre (Goiaba) ser pioneiro com o kitesurf na Lagoa do Cauípe e se tornar o primeiro nativo a competir, Madson criou gosto pelo kite. Com isso, a geração dos meninos do Cumbuco ficou estimulada e começou aprender o esporte que um dia tornaria o Cumbuco um exponencial e a meca do velejo mundial – o Havaí dos kitesurfistas.

Casado com Juliana Monteiro e recente pai de um menino chamado Levi, Carlos Madson, era um atleta profissional de kitesurf freestyle onde participava de eventos locais e internacionais, entre eles o Circuito Mundial de kitesurf freestyle. Em 2010 venceu as disputas da 1ª etapa do Volkswagen Kite Tour 2010, o Circuito Brasileiro de Kitesurf, que se realizou em frente ao complexo turístico Villa Galé, no Cumbuco.

Suas manobras eram fortes, com estilo arrojado e de muita atitude. O caucaiense era revelação no freestyle, categoria que costuma tirar o fôlego do público com voos altos e manobras com rotações em diferentes eixos.

 

O acidente

O jangada.online apurou o depoimento de algumas pessoas que chegaram no momento do acidente na estrada que dá acesso do Cumbuco a Barra do Cauípe. Conforme testemunha a motocicleta pilotada por Madson desviou de parte das dunas de areia que encobria metade da pista. Um veículo que seguia no sentido contrário colidiu de frente.

As testemunhas também falam que a morte de Madson foi mais por negligência de uma equipe do Samu que chegou ao local do acidente para prestar os primeiros socorros e logo “constatou” precocemente a morte de Madson. No entanto, os amigos e familiares acionaram uma segunda ambulância do Samu que desta vez encontrou sinais vitais e o encaminhou emergencialmente para o hospital, onde não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

Sorriso no rosto e muita dedicação ao esporte. Foto: reprodução/Instagram.

 

Há seis anos a produção cinematográfica “A Vida Deles”, produzido por Morlima, apresentava o atleta para o mundo. Veja na íntegra:

https://localkiteboarding.com/news/grande-atleta-carlos-madson

jangada.online

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2 comentários em “Kitesurf de luto; morre Carlos Madson

  • 4 de novembro de 2019 em 13:13
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    Boa tarde. Só uma retificação em relação à esposa do Madson que na verdade era a JULIANA MONTEIRO DA SILVA. Essa que está citada na reportagem acima é Ex- mulher dele. E o bebê ( LEVI) que ele tinha,era da ESPOSA ATUAL ( JULIANA MONTEIRO). Obrigada , e por favor, retifique a informação.

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    • 4 de novembro de 2019 em 13:58
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      Eu sou tia da Juliana Monteiro. O Carlos Madson morava aqui em São Luis com ela e tinham se mudado recentemente para o Cauipe, pois eles estavam com muitos planos de morar lá em definitivo. Ele era muito querido em nossa familia. Foi uma fatalidade que abalou a todos nós. Agradeço se fizerem a retificação da notícia, em respeito a minha sobrinha, que está inconsolável.

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