Janela de raios

A madrugada do Dia de Tiradentes em Caucaia foi com forte chuva acompanhada por uma intensidade de raios e trovões, da vista da janela surgia os escritos. Leia abaixo a crônica do jornalista Tiago Viana.

Por jangada.online em

22 de abril de 2020 às 16:42
FOTO: reprodução/Internet

Da janela o dia surgia em flash. Em segundos o claro chegava abrindo o vazio da noite e despertava o ronco do encontro das nuvens.

Madrugada chuvosa de raios raivosos e água que não para de cair.

Na escuridão do quarto o céu da janela iluminava toda a casa. Anunciando o tempo bravo que pedia a todos se recolherem em suas casas.

Na rua apenas água por todos os lados e aqueles desprovidos de casas. Em um segundo caia mais um relâmpago que na sequência o barulho estremecia prédios, o concreto, as árvores e os corações.

Chuva que não para na madrugada de raios.

Entre um pingo e outro um trovão acordava às aves, o mar e os animais que se protegiam de tudo.

Foi nesta sequência de raios, barulhos e pingos que a madrugada foi passando.

A energia elétrica acabando e logo chegava. O susto vinha e logo saia. Mas, a tempestade não queria ir embora. Amanheceu e o sol ainda estava dormindo, cansado da noite em claro.

O dia? Escuro. Cheio de nuvens e céu que uma hora e outra chorava.

Algumas ruas alagaram. Alguns morros deslizaram. Agora, a noite já chegou, as nuvens se preparam para mais um espetáculo. Com raios, trovões e muita água de cima para limpar o mundo.

 

Po Tiago Viana

Twitter: @tiagoviana

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