A humilhação, a dor e o sangue da ressurreição
No princípio a palavra era suprema. A palavra era Deus. Deuses que eram diferenciados, a depender de qual reino as
No princípio a palavra era suprema. A palavra era Deus.
Deuses que eram diferenciados, a depender de qual reino as pessoas pertenciam. Cada unidade de poder tinha o seu Todo Poderoso na terra e outro, em comum, no céu, que abençoasse todas as ações da majestade na corte terrestre. Para manter o poder as soberanas altezas aproveitavam da religiosidade para adquirir a supremacia de todos.
Até que nasceu uma criança aos modos mais humildes, pobres e mais populares da estação – era Jesus Cristo. A palavra do mais novo ser foi criando forças entre os seus, ecoando em todas as camadas das comunidades.
Ele estava lá, em momentos, pela luta da terra prometida. Era luz e paz. Brilhando ao mundo. Falava palavras revolucionárias. Palavras que se tornaram carne e vivem até hoje entre nós.
Em meio ao domínio total dos poderosos que ocupavam o pedestal mais alto das torres e oprimiam aqueles que se expressavam e negavam a opressão, ele tomava fôlego entre os lugares mais distantes.
Do lado do mundo dos reinados quem tivesse a ousadia de questionar era esmagado, pisoteado, trucidado. Foi preciso um salvador, um messias, um visionário que unisse os passos na terra em sintonia com a fé divina.
Era preciso mudar o mundo. Seguir em paz com as pessoas em consonância com o criador de tudo. Unir as terras e as pessoas que habitam estes espaços. E todos que ouviam e sentiam o seu poder de transformar.
Jesus Cristo significou uma grande ameaça aos poderosos do seu tempo. Tornou-se popular entre os seus e conquistou muitos seguidores. As notícias das suas ações e dos seus dizeres espalharam pelos reinados. Chegando ao maior de todos: Jerusalém.
Pelas ruas recrutava seu povo. Fazendo levantar e andar os enfermos. Sem enganar ou ser enganado. Para os poderosos da época a desordem tinha nome: Jesus Cristo e seus seguidores. Atualizando ao mundo, também sangrento, de hoje a perseguição continua aos pensantes que unem e lutam pela sociedade mais igual e fraterna. Caçada da modernidade que chega através do espetáculo anestesiante da mídia, da onipresente força judiciária, da onipotente exploração econômica, passando pelo aterrorizante ânimo político e o sistema que inverte todo tipo de valor humano, além dos altíssimos mafiosos da falsa fé que enganam milhões de seus seguidores clamando por Deus.
Cristo previa que era preciso seguir firme a fé no mundo e não nas palavras dos que mais constroem o egoísmo. Quem se exaltar será humilhado e todo aquele humilhado será exaltado. No entanto, os pecadores do reinado o seguiam. Cercavam suas ações com sentimento de inveja e medo. A caminhada foi dura e grande. A luta imensamente maior. A perseguição continuava cercando os atos e conclamando traidores.
A lei que apedrejava mulheres, lei dos homens, era tida como correta. Já as leis que questionavam as injustiças do reinado nunca tinham espaço para julgar. Normas impostas para segurar o sistema do império.
Mas, atire a primeira pedra quem nunca cometeu o pecado? Atirem autoridades que sempre engordaram retirando das esmolas do povo.
Jesus, de palavra em palavra, ridicularizava as leis da época, as tradições obrigadas dos reinados que dividiam o pobre do rico. Cristo foi julgado, pelos abastados do seu tempo, um homem perigoso que tirou a seriedade dos reis e dos seus reinados.
Jovem profeta cheio de seguidores e que operava milagres, seria alto demais o risco de perder o controle do império. Da Galileia não vinha nada de importante? Ele vem! Montado num jumento, sem ouro, sem moeda, sem nada e arrastando multidões. Apenas as palavras, as ações e a fé que transformavam aos poucos o mundo.
Os poderosos desdenhavam dele, tentando desqualifica-lo, incrimina-lo. Mas, aos poucos ele chegava. Conquistando espaços e mais seguidores.
Reis dos pobres, operador de milagres. Desafiador do sistema. Filho de Deus.
O importante era não se preocupar com as necessidades diárias. Deus proverá! Se estiver faminto por justiça será saciado através dele. Peçam e receberão, afirmava!
Foram cinco mil ao monte para ver e ouvir o messias. Diante sua humilde glória pregava que a força nunca foi e não é jamais o caminho. Entretanto, quem se opunha ao governo era morto.
Cristo? Calmo, tranquilo e sereno, seguindo o seu caminho. Dizia que aquele que acreditar, mesmo após morte, terá vida.
Pilatos e os poderes da dúvida construíram a culpabilidade do inocente que logo seria assassinado. A boa nova dos humildes e da liberdade dos oprimidos estava apenas no início da história.
Jerusalém, coração do poder. E foi montado num jumento que entrou como rei do povo no maior império da época.
Na casa das orações foi testemunha dos negócios que aprontavam com a fé. A casa era para ser de orações e não do convívio diários de ladrões negociadores da confiança. As orações arrogantes e o show de piedade no templo o tiraram da harmonia. Pura hipocrisia que desde os tempos de Cristo já habitavam na terra.
A moeda comercializada dentro dos templos fez Jesus jogar os trocados dos negociantes ao chão, golpear aquele antro de prostituição da fé, as ruínas.
A multidão? O venerava.
Mas diante as moedas ao chão foi julgado aos boatos de habilidade de provocar confusão. O messias, um simples camponês, estava dando trabalho aos donos do mundo.
Diante seu grande número de seguidores representava uma ameaça ao rei.
Realeza que chantageou fechar o templo do seu sacerdote, caso não controlasse as palavras de Jesus.
E como é difícil uma pessoa rica entrar no Reino de Deus. O mais importante é amar o próximo, coisa que a riqueza cega.
Jesus?
Não andava cobrando dízimos, obrigando seus seguidores a lhe pagar 10% do que se ganha. Nunca teve relatos que pedisse a contribuição financeira aos demais. A moeda pertencia ao poder terrestre. A moeda tinha o rosto de César. A moeda foi invento deles, e não do divino. O homem tem que dar o que cada um merece. Mas, dar a Deus o que é de Deus: a fé, a honra, o respeito, o amor, as orações, a vida. Não através de objetos em formato de moedas, mas da paz no Senhor, no Espírito Santo.
Pelas bocas das falsas notícias da época, Cristo, ameaçava destruir o templo. A certeza era que seus seguidores eram julgados como elementos menos instruídos.
Julgado pelos boatos de causador de problemas. De ser a origem dos tumultos. De atacar cambistas dentro do templo. De insultar o sagrado ao afirmar ser filho de Deus. De ameaçar fechar os santuários.
Moedas que compram o homem. Compra o coração das pessoas. Penetra na alma e mata a fé.
Deus ama o mundo. Renasce em espírito. E traz a palavra da salvação: um mundo mais justo, igualitário, cheio de gratidão, amor e fé.
Prender o falso profeta era meta e objetivo principal do rei. Ausente de defesa, Jesus, foi julgado pelos poderosos do período. A vida do camponês estava próximo do fim para início do futuro da nação de Deus.
Preso e condenado à morte. Mas, a vontade de Deus era esta, e se é a aspiração divina, é vontade também dele, e de todos.
Os minutos agonizantes de peregrinação fez jorrar sangue, num sofrimento que matava a cada segundo. A carne cortada até hoje faz doer o espírito. A alma apavorada por chicotadas e pela coroa de espinhos, que alfinetavam a honra da vida, numa humilhação jamais vista.
Antes de partir ainda teve tempo de alertar que aquele que vive pela espada. Morrerá pela espada.
Foi pela ameaça de fechar o templo que Jesus morreu.
Preso na calada da noite. Foi julgado apressadamente por crimes que não cometeu.
Foi condenado por impostores. Juízes que julgaram culpado, por nada, por culpa alguma.
Julgado pela comissão dos sacerdotes. A blasfêmia e ameaça de destruição do templo foram suas acusações diante a comissão que ajuizava na terra.
Por medo da revolução. Por medo da rebelião e do fim do reinado, foi crucificado, morto e sepultado. O fim do poder paralelo.
Mataram Jesus!
O criminoso crucificado tinha violado as leis dos templos da época. Leis ditas sagradas. Levou 40 chibatadas. Testemunhou a perseguição aos seus seguidores, ao mundo injusto e cheio de dor. Sangue que escorria por onde carregava a cruz. Dor que deixava cada centímetro de seus passos, a história eternizada nos corações da humanidade.
Já próximo do fim, pediu perdão para os que não sabiam o que faziam.
Luz a crença. Após perseguição, angustia, aflição, dor e desprezo o depauperamento da carne não dava fim a sua presença no mundo.
A ressureição da vida eterna perpetuou e vive até hoje. Entre altos e baixos resiste. Mas, ainda não foi totalmente capaz de transformar a humanidade, em toda sua plenitude, num fiel seguidor de Jesus Cristo.
Que sua história não seja diminuída ou manipulada para suprir a necessidade de poucos. Que os falsos homens da fé não aproveitem de suas posições para enganar e extorquir seus fiéis. Que os poderosos da contemporaneidade não julguem os seus irmãos como criminosos apenas com o objetivo de proteger suas riquezas, seus reinados.
Que a palavra divina seja suprema e que todos respeitem e pratiquem em ações.
O momento é de renovar as esperanças e de renovar as vidas.
Cristo vive!
Ajude o próximo, creia e busque sempre a verdade.