Cidade demarcada. Em cada esquina uma pichação. Letras e números que determinam a respiração. Repartida por becos e tropas de zumbis e suas armas de última geração. 

Ordem do Estado que parece não chegar no subsolo das vielas. Mergulha na lama dos esgotos das favelas. Triturado pela vergonha de não oferecer educação. Censurado pelo domínio das agremiações do crime. 

Ataques que chegam por todos os lados por todos os bairros. Ordem de recolher. Tiros. Mortos. Presos. E na outra manhã tem mais zumbis recrutados pela força da utopia capitalista. 

Mais fogo em caminhões. Atacam ônibus, carros e todo prédio sem ação. São ligeiros ao incendiar. Na mesma velocidade que os governos passam e não atacam a miséria. 

Balas, balas! Armas que chegam como pão. Drogas, drogas! Entorpecentes que contaminam como injeção.
Mais um dia que passa com mais atentados, mais explosões, medo, presos e corpos ao chão.