A dormência do mundo sem cor

Dormência por todo corpo. Na moleza da vida sem casa, sem família, sem ninguém. Sempre há espera do sistema que

Por jangada.online em

18 de janeiro de 2018 às 23:42 atualizado às 22:20
É na rua que o peso da corrupção do mundo conservador faz mais vítimas. Foto: TFVJangada.

Dormência por todo corpo. Na moleza da vida sem casa, sem família, sem ninguém. Sempre há espera do sistema que não muda e só faz mais vítimas deste capitalismo fantasiado de hipocrisia.

E parece carnaval cheio de idiotas fantasiados de mendigos e mendigos escoados para os cantos do submundo da fome, ausente da justiça que poucos lutam, mínimos defendem.

Na imensidão da pobreza eles não deixam se levantar. Atrapalham, empurram e derrubam na rasteira. É tudo coisa de preguiçoso. É tudo coisa de esquerdista contaminado na dormência da dor. Eles falam. Eles gritam. Batem até panelas das varandas dos prédios mais altos pedindo o fim da corrupção sem dono, sem vergonha, sem cor.

Vermelho do comunismo que bocas mais conservadoras chamam do fim do mundo. E confundem as novas gerações em achar que a dureza da direita salvará o planeta e a malandragem da esquerda é que é a sangrenta. Que as armas de fogo deve ser para todos, proclamando a paz, e a militância do população de foice e martelo que lutam pelos direitos iguais, detonarão a guerra. Que o controle da Internet reinará a democracia e a rede livre provocará o caos. Que a justiça dos tribunais fará a neutralidade e o seu questionamento é comportamento de terrorista cheio de bombas.

A loja? Já não abre mais. Na espera de uma nova magia econômica, de um novo guru do fascismo, de uma nova heroína da vez. Famintos pelas ações das bolsas de valores que engordam as propinas e fomentam a miséria pelas ruas.

As cores? Não colorem mais as almas sem corações. Ficam quietas aguardando o poder mandar o preto ser branco e o branco ser preto, dentro da caixa preta, bem acima do raciocínio popular. Decisões de governos já não alcançam mais o povo. Ficam no vazio da preocupação social para atender quem financiou a campanha eleitoral com milhões de recursos anônimos.

Dinheiro que roda sem parar comprando tudo e todos. Sem limite atinge o topo. É luxo demais na lavagem de laranjas. Que diga o promotor. Que salve o senador. Que sonha a presidência da república e sua alma sem dor.

Nas ruas? O sonho ainda persiste na cabeça dos sem nada. Bem próximo ao chão onde todos passam, todos pisam. Sonho que não faz mais a juventude se dedicar, mas que ainda não foi atingindo pelas balas perdidas, pelas drogas unidas, pelo ódio que contamina tudo e todos. O sonho que nasceu com Cristo ainda não foi excluído neste mundo infestado de falsos deuses e ditadores da imundice perseguidora da humanidade.

 

Por @tiagofeitosaviana

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