Município de potencialidades e cheio de desigualdades.

É Caucaia.

De complexo industrial que pulsa e serviços que desenvolvem os bairros. A falta de água e misérias nos infinitos becos da periferia.

Terra do mato queimado que incendeia a miscigenação de gêneros e culturas.

Caucaia do kitesurf e lugares encantadores. Caucaia de comunidade indígena que ainda disputa terra e da modernidade que jorra dinheiro pelo mundo.

Caucaia de mendigos nas ruas e castelos imponentes na areia da praia.

Caucaia do sertão, das serras e do litoral. De pessoas trabalhadoras que não gostam de serem enganadas. De povo criativo que supera qualquer problema.

Do menino que pede esmolas na praça. Das meninas que esperam migalhas da corrupção política.

De eleições que chega e se resolvem na compra de votos que vira as ruas na noite pré-eleitoral.

Caucaia da miséria intelectual. Do moço que acredita no obvio. Do senhor que ler além da caixa moldada para enganar.

Caucaia de riqueza e da pobreza.

Do Porto da modernidade a velha estação ferroviária, Caucaia pulsa.

Por Tiago Viana