Na fila da cura
O sábado (20/03) foi de uma imensa fila no drive-thru de vacinação em Caucaia. Entre o sol, o sacrifício e a cura, leia abaixo a crônica do jornalista Tiago Viana.
Ao amanhecer os carros já estavam ao lado da Igreja da Matriz no Centro de Caucaia. Idosos, ansiosos, aguardavam a sua vez de vacinar. De carro em carro as enfermeiras aplicavam em doses a esperança, a porta de um novo mundo.
Na fila as máscaras brancas, pretas, amarelas e vermelhas filtravam o ar que descia para os pulmões. O suor contabilizava já as mais de sete horas a espera de chegar a vez no aglomerado da vacinação.
Na sombra alguns idosos desciam dos veículos. Na via passava vendedores de água, biscoito, picolé e bombons. Mas, a solidariedade de moradores que saíam de suas casas para oferecer água de graça aos idosos trás a esperança de um mundo com mais amor.
A fila andava lentamente. A distância da Praça da Matriz parecia se alongar como um vírus ao entrar numa célula, a multiplicar suas estruturas, seus espaços. A praça parecia caminhar sozinha a Serra da Rajada. Longe, bem longe. Uma, duas, três, quatro, cinco horas, do Atacadão até a Rotatória da Bandeira.
O vento até que aliviava. Alguns para economizar gasolina empurravam os seus carros. Outros almoçaram dentro dos seus veículos. No mastro, a bandeira de Caucaia balançava imponente, sem Covid. No alto avistando a fila de carros e seus idosos com fome de vacina.
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