Os VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará
A noite da última quinta-feira (20/9) foi de muita emoção, integração e resistência das comunidades indígenas do Estado, pela segunda vez o município de Caucaia sedia o VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará. O prefeito Naumi Amorim foi o anfitrião da abertura que foi realizado na Praça do Anfiteatro, no Centro da cidade.
As 18 delegações de 12 municípios e 13 etnias realizaram o tradicional desfile ao som simbólico de comunidade. Em seguida a chama olímpica foi conduzida para dar início ao jogo.
O prefeito Naumi Amorim agradeceu a parceria da Prefeitura de Caucaia junto ao Governo do Estado. “Estou muito feliz com os primeiros jogos indígenas que participo. Fico muito contagiado com a nossa cultura de raiz que se preserva com a realização destes jogos. A parceria com o Governo do Ceará fortalece a causa. Parabenizo a cada um dos atletas”, destaca.
Ao todo serão mais de 700 participantes que participarão da disputa de oito modalidades (arremesso de lança, arco e flecha, cabo de guerra, canoagem, corrida da tora, futebol, queda de braço, triathlon, reservado).
Para Marcos Lage, secretário adjunto da Secretaria do Esporte do estado do Ceará, o encontro é a maior festa dos povos indígenas do Ceará. “Este ano será um dos maiores jogos que já realizamos. É uma total integração de índios e não índios que unem e congregam todas as 14 etnias envolvidas”, ressalta.
Conforme o vereador Weiber Tapeba o evento demonstra a toda sociedade cearense a força e resistência indígena. “Foram sete edições e estamos retomando outra vez estes jogos onde fizemos pela primeira vez. Os jogos são uma retomada de um evento que para nós temos uma representação muito grande. É uma demonstração de resistência que temos. O que interessa é a integração e o retorno as aldeias fortalecidos”.
Representante da etnia Anacé, de Caucaia, Antônio Pinto de Lima, aguardava ansioso o momento de estreia no futebol. “É a quarta vez que participo e sempre é uma emoção a parte porque junta muitas etnias, nossos irmãos. Estamos nos divertindo e celebrando a cultura.
Para o pajé Luiz Caboclo, pertencente ao Tremembé, de Itarema e Almofala (praia e mata) os jogos são frutos de um grande trabalho que vem de muito tempo. “É um prazer grande está aqui. Estamos num grupo de 70 pessoas e vamos participar de todas as modalidades”.