Comitê avalia ações para a população indígena do Ceará durante a pandemia
Entidades ligadas aos povos indígenas cearenses, órgãos de saúde do Estado e Ministério Público do Ceará (MPCE) se reuniram, na última semana, para avaliar e propor metas de atenção à saúde indígena no contexto da pandemia da Covid-19. Na ocasião, foram abordadas questões como segurança alimentar, saúde mental, materiais de saúde e invasão de territórios indígenas durante o isolamento social. Também foi criado um comitê que acompanhará as comunidades.
Todos os sete povos tradicionais presentes no território cearense possuem pessoas infectadas com o novo coronavírus. Com mais de 170 casos confirmados, as comunidades indígenas estão com sinal de alerta ligado e enfrentam problemas estruturais.
Na reunião virtual, os participantes demonstraram preocupação com as cidades de Caucaia e Itarema, que concentram o maior número de casos confirmados da doença, segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Ceará. Conforme a entidade do Ministério da Saúde, as cidades somam, juntas, mais de 100 pessoas infectadas. Caucaia registra, ainda, 33 casos suspeitos e dois óbitos. Em Itarema, não há mortes.
Recomendações
Por conta do cenário preocupante, as Defensorias Pública do Estado e Pública da União expediram, ainda em maio, recomendações com 16 pontos para a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Secretaria de Proteção Social (SPS), Secretaria de Saúde Indígena no Ceará e Fundação Nacional do Índio (Funai). Representantes de todas as entidades estiveram presentes no encontro virtual, que efetivou a criação do comitê de acompanhamento.
*Com informações do Diário do Nordeste