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Campanha dar visibilidade à luta dos povos indígenas

Extermínio de indígenas e invasão de seus territórios, luta pela demarcação de terras, preservação da memória e tradição das tribos são questões enfocadas na campanha para mídias sociais criada por alunos do Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, do Instituto de Cultura e Arte (ICA) da Universidade Federal do Ceará (UFC), para este Dia do Índio (19 de abril).

O trabalho foi feito durante a disciplina opcional Ética Aplicada à Criação Publicitária,  que está sendo ministrada neste semestre pela professora Glícia Pontes, numa parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco), que trabalha com os povos indígenas do Ceará.

“Estamos fazendo a campanha para dar visibilidade à luta dos povos indígenas aqui no Estado. Este ano tem sido bem difícil por conta da política anti indígena que se estabelece nesse novo governo por meio da Medida Provisória (MP) Nº 870”, explica a coordenadora executiva da Adelco, Adelle Azevedo.

“No Ceará são 22 terras reivindicadas e apenas uma com o processo concluído. A ideia da campanha é dar visibilidade às 14 etnias existentes no Estado e divulgar o Centro de Documentação da Adelco que é um local onde é possível encontrar informações sobre os povos”, esclarece Adelle.

Ainda segundo suas informações, hoje o principal desafios desses povos é a demarcação das terras, a manutenção e ampliação das políticas de saúde e educação indígena e a gestão ambiental das terras, além da garantias de política públicas para projetos produtivos.

 

Processo criativo colaborativo

Segundo a professora Glícia, na disciplina Ética aplicada à Criação Publicitária, se trabalha briefings que desafiem os estudantes a pensarem questões que muitas vezes são invisibilizadas do cotidiano do profissional de Comunicação.

“Somos motivados pela ideia de pensar algo sobre representações sociais, uma discussão que vem sendo muito fomentada no nosso cotidiano. Temos uma discussão avançada sobre mulheres e o público LGBT, mas nunca voltamos o olhar de uma forma mais aprofundada em direção à representação indígena na mídia. Daí pensamos na parceria com a Adelco, que tem um centro de documentação com pouca divulgação”, conta.

“Nós percebemos que uma das demandas deles eram as mídias sociais. A partir disso fizemos um processo criativo colaborativo, que contou com a presença da assessora de imprensa da ONG, a Roberta França; e de Isabelle Louise, que é Tremembé e é aluna do curso, embora não esteja matriculada nesta disciplina. Fizemos primeiro uma discussão sobre o que é ser indígena hoje, quais são os desafios, e percebemos que a principal reivindicação ainda é a demarcação das terras e como o Dia do Índio é visto de uma forma caricatural e pouco voltada às lutas indígenas. Daí resolvemos fazer uma campanha que enfrentasse alguns temas e definimos, juntos, quatro para as peças: Terra, Luta, Memória e Identidades”, explica.

“Entramos em discussão do que é necessário para nós, indígenas, vivermos, e como temos expressado nossa luta por meio desses temas”, reforça Isabelle Louise, que e estudante do oitavo semestre e responsável pelas fotos utilizadas na campanha.

Glícia destaca que, a ideia dessa disciplina é se desafiar a pensar de uma forma mais colaborativa, que passa muito mais verdade. “O que a gente vê, muitas vezes, são essas pautas de representatividade social serem tratadas, elaboradas por pessoas que não vivenciam aquela realidade e por isso trabalham de uma forma extremamente caricatural e estereotipada. Nós tentamos nos aproximar para ter mais consistência. Óbvio que, como são peças pontuais, rápidas, não dá para contemplar tudo. O que quisemos deixar claro é que o Dia do Índio não é dia de se fantasiar de índio. É dia de pensar sobre esses povos, que vivem um processo de extermínio há séculos e que construíram a nossa história.

A campanha consta de quatro peças intituladas “Terra“, “Luta“, “Memória” e “Identidades“, acompanhadas de texto explicativo. O programador visual da Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC, Norton Falcão, colaborou na orientação para a finalização das peças.

O material começou a ser divulgado nesta semana nas páginas da Adelco no Facebook (https://www.facebook.com/adelcobrasil) e Instagram (@adelcobrasil).

 

*Com informação da Agência Eco Nordeste

Os VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará

A noite da última quinta-feira (20/9) foi de muita emoção, integração e resistência das comunidades indígenas do Estado, pela segunda vez o município de Caucaia sedia o VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará. O prefeito Naumi Amorim foi o anfitrião da abertura que foi realizado na Praça do Anfiteatro, no Centro da cidade.

As 18 delegações de 12 municípios e 13 etnias realizaram o tradicional desfile ao som simbólico de comunidade. Em seguida a chama olímpica foi conduzida para dar início ao jogo.

O prefeito Naumi Amorim agradeceu a parceria da Prefeitura de Caucaia junto ao Governo do Estado. “Estou muito feliz com os primeiros jogos indígenas que participo. Fico muito contagiado com a nossa cultura de raiz que se preserva com a realização destes jogos. A parceria com o Governo do Ceará fortalece a causa. Parabenizo a cada um dos atletas”, destaca.

Ao todo serão mais de 700 participantes que participarão da disputa de oito modalidades (arremesso de lança, arco e flecha, cabo de guerra, canoagem, corrida da tora, futebol, queda de braço, triathlon, reservado).

Para Marcos Lage, secretário adjunto da Secretaria do Esporte do estado do Ceará, o encontro é a maior festa dos povos indígenas do Ceará. “Este ano será um dos maiores jogos que já realizamos. É uma total integração de índios e não índios que unem e congregam todas as 14 etnias envolvidas”, ressalta.

Conforme o vereador Weiber Tapeba o evento demonstra a toda sociedade cearense a força e resistência indígena. “Foram sete edições e estamos retomando outra vez estes jogos onde fizemos pela primeira vez. Os jogos são uma retomada de um evento que para nós temos uma representação muito grande. É uma demonstração de resistência que temos. O que interessa é a integração e o retorno as aldeias fortalecidos”.

Representante da etnia Anacé, de Caucaia, Antônio Pinto de Lima, aguardava ansioso o momento de estreia no futebol. “É a quarta vez que participo e sempre é uma emoção a parte porque junta muitas etnias, nossos irmãos. Estamos nos divertindo e celebrando a cultura.

Para o pajé Luiz Caboclo, pertencente ao Tremembé, de Itarema e Almofala (praia e mata) os jogos são frutos de um grande trabalho que vem de muito tempo. “É um prazer grande está aqui. Estamos num grupo de 70 pessoas e vamos participar de todas as modalidades”.

Jogos dos Povos Indígenas começam nesta quinta-feira (20)

Os Jogos dos Povos Indígenas do Ceará começam nesta quinta-feira (20/9), em Caucaia. A solenidade de abertura acontecerá na praça do Anfiteatro, no Centro da Sede. O campeonato tem o objetivo de integrar as comunidades para promover o intercâmbio cultural, esportivo e de lazer como forma de resgatar modalidades tradicionais.

Os jogos serão disputados até o próximo domingo (23/9) no Centro de Ensino em Treinamento e Extensão Rural (Centrex), no Campo do Pedreira e no Campo do Pedreirinha, todos localizados no Capuan.

Dezoito delegações participarão dos Jogos representando os municípios de Caucaia, Tamboril, Monsenhor Tabosa, Crateús, Quinterianópolis, Boa Viagem, Poranga, Novo Oriente, Pacatuba, Maracanaú, Acaraú, Itarema, Itapipoca, Aratuba, Carnaubal e São Benedito.

Participarão do evento 13 etnias indígenas do Ceará: Tremembé, Anacé, Tapeba, Pitaguary, Potyguara, Kanindé, Tupinanbá, Gavião, Tabajara, Kalabaça, Kariri, Tapuya-Kariri e Tubiba-Tapuia.

SERVIÇO
ABERTURA DOS JOGOS INDÍGENAS
QUANDO:
 20 de setembro, às 19 horas.
ONDE: praça do Anfiteatro (rua José Matias de Brito, 444-534, Itambé).

Caucaia vai sediar VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará

Reconhecida como um dos maiores berços indígenas do Ceará, Caucaia sediará a oitava edição dos Jogos dos Povos Indígenas do estado. Os últimos detalhes do torneio, que ocorrerá de 20 a 23 de setembro, foram acordados nesta sexta-feira (14/9) entre o prefeito Naumi Amorim e o secretário estadual do Esporte Euler Barbosa.

O campeonato buscará a integração das comunidades para promover o intercâmbio cultural, esportivo e de lazer como forma de resgatar modalidades tradicionais. A ideia é que os jogos possibilitem o fortalecimento da cidadania e da identidade étnica, contribuindo para o reconhecimento dos indígenas pela sociedade.

Para Naumi, a competição une a população e estimula o esporte nas comunidades. “É uma honra Caucaia receber este tipo de evento. Apoiamos integralmente porque ele fortalece a nossa cultura nativa e incentiva práticas tradicionais.”

Dezoito delegações vindas de 18 municípios participarão dos Jogos Indígenas. Serão, ao todo, 13 etnias de todo o Estado no evento: Tremembé, Anacé, Tapeba, Pitaguary, Potyguara, Kanindé, Tupinanbá, Gavião, Tabajara, Kalabaça, Kariri, Tapuya-Kariri, Tubiba-Tapuia.

Euler Barbosa disse que a expectativa desta nova parceria entre Governo do Estado e Prefeitura de Caucaia vai possibilitar um novo olhar para o esporte. “Vamos ter comunidades indígenas de todo o Estado neste importante encontro cultural, além de diversificarmos cada vez mais a questão do esporte.”

A abertura está programada para as 19 horas do próximo dia 20, na praça do Anfiteatro, no Centro de Caucaia. Já os jogos serão disputados na área de lazer da Lagoa do Capuan, no Centro de Ensino em Treinamento e Extensão Rural (Centrex). E também no Campo do Pedreira e no Campo do Pedreirinha, também localizados na região do Capuan.

SERVIÇO
VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará
QUANDO:
 de 20 a 23 de setembro.