Ação do MPF contra obra da Prefeitura de Caucaia no Cauípe repercute na Assembleia

O Ministério Público Federal que determinou a suspensão e imediata paralisação da obra de desassoreamento e drenagem do entorno da Lagoa do Cauípe, e reparação integral do dano ambiental

Por jangada.online em

23 de março de 2022 às 16:13
Foto: reprodução.

 

Representante de Caucaia na Assembleia Legislativa, a deputada Érika Amorim (PSD) utilizou o primeiro expediente da Sessão Plenária desta quarta-feira, 23, para repercutir ação do Ministério Público Federal que determinou a suspensão e imediata paralisação da obra de desassoreamento e drenagem do entorno da Lagoa do Cauípe. E mais: reparação integral do dano ambiental, decorrente de tal ação perpetrada por empresa contratada da Prefeitura de Caucaia.

“No último fim de semana, um portal de notícias do município publicou um vídeo que nos chocou com tamanha agressão ao meio ambiente que, após as fortes chuvas do mês de março a Lagoa do Cauípe, localizada no litoral oeste de Caucaia, está virando um deserto, fruto de uma obra desastrosa”, alertou.

A resposta dos órgãos competentes veio a partir de manifestação formalizada pela liderança indígena, advogado, vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Caucaia, Weibe Tapeba. A iniciativa da ação é do Procurador Dr. Fernando Antônio Negreiros Lima, tendo em vista os elementos de prova colhidos na notícia de fato Notícia de Fato nº 1.15.000.000101/2022-16. Além da paralisação, a multa sugerida é de R$ 10 mil por dia de obra trabalhada.

E mais: determinação para a Semace e Prefeitura de Caucaia fazerem exibição em juízo de toda a documentação que serviu de suporte para o licenciamento em questão, uma vez que não houve estudo mais detalhado ou Estudo de Impacto Ambiental; o licenciamento não foi instruído de anuências de órgãos ambientais como o Ibama, Sema e Semace; não contou com consulta pública; não envolveu atores locais e há completa falta de transparência na obra.

“Essa Ação Civil Pública representa um alento e uma esperança, mas não basta! Precisamos, além de nos indignar, acompanhar, fiscalizar e cobrar. Não podemos deixar impunes tamanha agressão. O cauípe é nosso!”, assinalou a parlamentar.

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