A água como disputa entre população e grandes investidores

O que o Rio Arrojado, na região oeste da Bahia, e o Lagamar do Cauípe, em Caucaia, no Ceará, tem

Por jangada.online em

13 de novembro de 2017 às 18:57 atualizado às 19:00
Na Bahia e no Ceará a população luta pela posse da água.

O que o Rio Arrojado, na região oeste da Bahia, e o Lagamar do Cauípe, em Caucaia, no Ceará, tem em Comum?
Na cidade de Correntina, na Bahia, os moradores estão lutando contra o uso indevido do rio por grandes fazendeiros da região que estão se apropriando das águas do Rio Arrojado para irrigar seus plantios e destinar está água para o incremento do agronegócio. Para isso conseguiram aval dos órgãos que controlam as autorizações e liberar a obra de desvio da água.
O Lagamar do Cauipe vive um momento parecido. Empresas do Complexo do Pecém querem utilizar a água do Lagamar do Cauipe para incrementar o uso em empreendimentos como a termoelétrica e a siderúrgica. Os moradores do entorno do Lagamar são contra está retirada da água e nem foram ouvidos para aprovar ou não a obra.
O que vemos tanto na Bahia como no Ceará são as primeiras batalhas que tem como motivo propulsor da luta: a água. O Rio Arrojado é um patrimônio natural para população de Correntina (BA). O Lagamar do Cauipe é um patrimônio para população de Caucaia. Na Bahia a manifestação está levando centenas de moradores para protestar nas ruas. Em Caucaia o movimento ainda está tímido, mas a população está ativa promovendo várias ações para marcar o movimento.
Tanto na Bahia quanto no Ceará há uma supremacia do poder econômico que quer sobrepor ao interesse da comunidade local. Na Bahia o agronegócio. No Ceará as grandes empresas de energia e transformação da matéria prima. Enquanto há está preocupação invertida dos governos, a Bahia e o Ceará, ainda tem problema de abastecimento de água potável para a população. A seca ainda é um problema grave nestes dois estados. Na Bahia residências na proximidade do Rio Arrojado ainda não possuem água para suas necessidades básicas do dia a dia. Em Caucaia da mesma forma. Próximo aos grandes empreendimentos ainda existem comunidades sem água potável para consumo humano. A prioridade não está sendo a população, mas atender a necessidade para que estes negócios continuem gerando lucros para poucos.

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