Quem será os candidatos para eleições 2022 do ‘Português’ do Cumbuco?

Diante o período de pré-campanha chegando para eleições deste ano, ainda está muito tímido a movimentação política e aparecimento de um personagem público, seja caucaiense ou não, que o Português terá coragem de investir

Por jangada.online em

30 de março de 2022 às 00:10 atualizado às 00:13
Marcos Alexandre Veiga Correia (O Português). Foto: reprodução/Internet.

 

Empresário influente na política caucaiense desde a época do ex-prefeito Dr. Washington Goes, Marcos Alexandre Veiga Correia, popularmente conhecido como o Português, é uma espécie de rei, todo poderoso, da política no município de Caucaia.

Dr. Veiga, como é conhecido nos corredores e gabinetes da Prefeitura de Caucaia, é amigo pessoal do prefeito Vitor Valim. É influente ao extremo no Cumbuco e dentro da administração municipal, nunca aparece em público na Sede da cidade. De seu luxuoso escritório no Cumbuco dá as coordenadas na atual gestão do prefeito Vitor Valim, conforme fontes que pediram para não serem identificadas. “Se ele diz sim ou não todos obedecem. Metade da Prefeitura está sob as ordens dele, como Imac e Seplam, até a lista dos cargos comissionados passam pela aprovação dele”, disse a fonte.

Com toda esta forte influência que inicia antes da pré-campanha eleitoral, o Português, domina tudo, traça alternativas para sempre manter seu grupo no poder. “A especialidade dele é apoiar candidatos, seja oferecendo toda infraestrutura de marketing e propaganda política, até financiar candidaturas, capitaneando recursos de outros empresários ou do seu próprio bolso”, explica a fonte.

Diante o período de pré-campanha chegando para eleições deste ano, ainda está muito tímido a movimentação política do grupo português. Ainda não está claro o aparecimento de um personagem público, seja caucaiense ou não, que o Português terá coragem de investir pelos próximos meses, até outubro.

No passado, em uma eleição para deputado a sua estratégia foi de estimular o máximo de candidaturas para que, desta forma, pulverizasse e esvaziasse o pleito, e nenhum pretendente aos cargos de deputado conseguissem obter sucesso. Na época o Português obteve sucesso, desta forma ficou pleno, sem concorrência para as eleições de prefeito, e quase emplacava seu candidato a prefeito, que na época foi o ex-vereador Eduardo Pessoa que perdeu para o ex-prefeito Naumi Amorim.

Estaria o Português com esta mesma estratégia de sabotar as candidaturas que acreditam estarem com o apoio da República do Cumbuco? Até o momento o prefeito Vitor Valim, que também foi erguido pela força portuguesa, não disse em público quem será seus candidatos a deputado estadual e federal.

Nos próximos dias do mês de abril os bastidores políticos irão revelar qual será a estratégia de guerra do Português do Cumbuco. Desta vez a população de Caucaia ficará mais atenta com a escolha luso-brasileira.

 

Condenação

Pelo site do Jusbrasil, Marcos Alexandre Veiga Correia tem 32 processos nos Diários Oficiais. A maioria é do TJCE, seguido por TRT07. Desses processos encontrados, Socorpena Construções LTDA foi a parte que mais apareceu, seguido por Jorge Manuel Ferraz Festas.

Segundo a investigação da ‘Operação Afiusas’ da Polícia Federal o ‘Português‘, era uma das seis pessoas suspeitas de pertencer a uma organização criminosa que desviava recursos públicos e lavava dinheiro através de um esquema de contratações milionárias fraudulentas com empresas da área da construção civil.

Na época, Marcos Correia, foi apontado pela Polícia Federal (PF) como o líder daquela organização criminosa, que atuaria nos bastidores políticos, como representante da Mix Serv e sócio da Scorpena Construções.

Conforme a apuração da PF o empresário português venceu 72 licitações de obras durante a gestão do ex-prefeito Washington Goes, entre 2009 e 2016. O Português teria recebido cerca de 104 milhões de reais em recursos públicos, só na Prefeitura de Caucaia. No total, a principal empresa ligada ao processo, movimentou 338 milhões de reais entre janeiro de 2010 e outubro de 2016, acrescentou, na época o jornal Diário do Nordeste.

 

 

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