Carta do Patativa enviada do céu para políticos sem noção

Tocando a sanfona me benzo três vezes ao cumprimentar um político que passa na rua e pega na mão apenas com intuito de roubar o voto.

Por jangada.online em

1 de setembro de 2018 às 22:45 atualizado às 08:40

Meu Povo de Caucaia, do Ceará e do Brasil. Escrevo acima dos cajueiros, longe do sertão, dos peixes do mar, bem no alto das estrelas. Escrevo do céu cheio de canto cá e anjos que me falam da loucura que está a Terra, do purgatório, do inferno e o paraíso. Ainda sinto o abismo do povo sofredor. Que fica sendo enganado pelo rico opressor. Desigualdade que não acaba mais, só cresce. Entre o eleitor que pede coisas e o votado que manda pagar por mais um voto na esquina dos desesperados. Eleições de desencontros no encontro das campanhas milionárias com o prato de comida sem cor. O sujeito continua sendo explorado sem dor. Nestes tempos de continuidade da pobreza, a homossexualidade, o armamento popular e o aborto parecem ser as principais doenças deste mundo sem flor.

Do céu chove letras. Na carta sem editor. Manipulações de estratégias de campanha que tornam mentiras em verdades, verdades em mentiras. Povo que acha que vive no paraíso, mas o inferno alcança os lares numa devastação do pensamento firme. Estrelas paralisadas. Sol que não aquece mais. Imensidão que fica neutra diante tanto retrocesso histórico e desconstrução da razão do mais humilde trabalhador sem vaga.

Mundo cão!

Purgatório da falsa hipocrisia. Onde vemos uma notícia, oculta a dor do racismo. Onde vemos um compartilhamento, vivenciamos a fantasia da falsa moralidade dentro da ignorância fascista. Seguem pedindo intervenção armamentista, machismo insaciado, racismo sem cotas da negligencia sem dívidas, atitudes sem coletivismo. Corrupção sem partidos.

Aflição que engana o cristão. Neste reino de montagens e interesses. O dinheiro é um fogo ardente. Que derrete a alma e engana o coração. No mundo que passa por cima da vida. No sentido de ter, sempre ter, mesmo que para isso a propagada que estimula o vazio faça criar um novo bandido. No egoísmo que tira as sandálias e deixa a humanidade descalça. Na censura da carta. Que cala o pobre e deixa o rico berrar. Ainda escravo de um sistema onde pessoas que se autodenominam conscientes e sábias ainda não pararam e perceberam quais realmente são as raízes de todos os problemas.

jangada.online

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