Da libertação dos escravos a emancipação dos novos escravos

Na última sexta-feira (23/3) a Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, foi testemunha de um ato diferente. Não se

Por jangada.online em

29 de março de 2018 às 16:26 atualizado às 22:52
A ativista Maria Luíza contextualizando o cenário do atual momento do sistema político. FOTO: Crítica Radical.

Na última sexta-feira (23/3) a Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, foi testemunha de um ato diferente. Não se tratava de evento de governo inaugurando obras e nem de político em comício atrás de voto. Tratava-se de um ato coletivo organizado pelo grupo de reflexões Crítica Radical que expressou um duplo desafio: falar sobre a libertação dos escravos e da emancipação dos novos escravos da modernidade.

Conforme ativista, ex-vereadora, Rosa da Fonseca em 1999 foi lançado um Manifesto Contra a Política. “Agora, com a aproximação da realidade a essa previsão, é urgente a construção de um movimento prático que dê conta das exigências do momento atual”, afirma.

Momento em que a população parou e ficou atento ouvindo as boas novas dos movimentos. FOTO: Crítica Radical.

Um dos pensamentos abordado no ato foi a construção de um novo movimento social que conceda o desafio de mudar a história contemporânea da humanidade.

Segundo a ativista Maria Luíza Fontenele, ex-prefeita de Fortaleza, não se trata apenas de manifestar o descontentamento através do não voto, do voto nulo ou branco “que segundo a pesquisa já chega a 75% dos votos válidos, mas de substituir a política, que como nexo categorial do sistema fracassou”, explica.

As consequências desta crise no sistema são profundas desigualdades sociais. Quem continua agarrado à política fica iludido tentando trocar uma política por outra, quando se trata da sua substituição. O assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes é exemplo disso, assim como todo o processo de barbárie e destruição ambiental em curso, pontua os integrantes do Crítica Radical.

O ato dessa sexta-feira teve como objetivo exatamente fortalecer e ampliar a proposta de uma experiência inovadora, instigante, para enfrentar, superar e substituir a política e seu sistema pela sociedade da emancipação humana e ambiental.

A ativista Rosa da Fonseca em discurso na Praça do Ferreira. FOTO: Crítica Radical.

A atividade na praça pregou a morte do capitalismo e teve também diversas manifestações culturais como apresentações de bandas de rock, MPB, além de roda de capoeira, recital de poesias e oficina de farmácia viva.

Foi um espaço aberto e ampliado para um novo projeto horizontal, autônomo com novos processos de discussão e decisão para propiciar ares emancipatórios para a sociedade brasileira.

*Com informações da Crítica Radical

jangada.online

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